O Parque Nacional Torres del Paine é uma das grandes maravilhas da Patagônia Chilena. É um dos maiores e mais importantes parques naturais do país, atraindo visitantes de todo o mundo. Não por acaso, o Chile é considerado um dos melhores destinos de aventura do mundo e com certeza Torres del Paine representa muito bem essa escolha. Percorrer as diversas trilhas dentro do parque é sem dúvida a melhor forma de conhecer toda a sua beleza. Dentre as muitas trilhas, existem dois circuitos de trekking mais longos para os mais aventureiros: o “Circuito W” e o “Circuito O”. Uma das nossas maiores aventuras até agora foi completar o “Circuito O” de forma totalmente independente e esse trekking mudou totalmente as nossas vidas, inclusive nos inspirando a partir para uma viagem de volta ao mundo explorando outros circuitos de trekking.
O que é o Circuito O em Torres del Paine?
A travessia circular contorna a cadeia de montanhas do parque, por isso também é chamado de Circuito Macizo Paine Grande. Esse circuito inclui também as trilhas do mais conhecido “Circuito W”, portanto é o circuito mais longo e mais completo. Dizem que somente 5% dos visitantes do parque encaram esse desafio.
- Distância: 130 km
- Duração: 6-8 dias
- Ganho de elevação: 4.500m
- Ponto mais alto: Paso John Gardner – 1220 metros
- Início e fim: Hotel Las Torres (entrada Laguna Amarga)
O que você precisa saber antes de fazer esse trekking
O Circuito O é um trekking bastante desafiador. Uma caminhada de longa distância em uma cadeia de montanhas com condições inóspitas não é indicada para quem não tem experiência em trilhas. Por isso é necessário estar atento a algumas informações e recomendações:
Informações práticas
- É necessário reservar todos os refúgios ou acampamentos previamente.
- Desde 2016, o Circuito O deve ser percorrido em sentido único, o sentido anti-horário.
- É importante conferir os informes com as atualizações no site oficial do Parque.
- Proibições: é proibido fazer fogo, camping selvagem ou caminhar de noite.
- Equipamentos: você precisa de equipamentos e roupas adequados para o clima da região. Caso faça por conta própria como fizemos, recomendamos o uso de um aparelho GPS com mapa da região e tracklog para se orientar.
- A maioria das trilhas tem horário de fechamento. Se você chegar no início de uma trilha após o horário limite indicado, provavelmente você não terá permissão para continuar caminhando. Nós passamos na trilha para o Camping Paso (a mais difícil) muito próximo do horário limite para fechar por exemplo
Trilhas | Distância do trecho | Tempo necessário | Horário de fechamento |
Paine Grande – Camping Italiano | 7.5km | 2h30min | 18:30 |
Camping Italiano – Mirador Britanico | 5.4km | 3h | 15:00 |
Camping Italiano – Camping Frances | 2km | 30min | 19:00 |
Camping Italiano – Los Cuernos | 5km | 2h30min | 17:00 |
Los Cuernos – Hotel Las Torres | 11.6km | 4h30min | – |
Hotel Las Torres – Refugio Chileno | 5km | 2h | – |
Refugio Chileno – Camping Torres | 3km | 1h30min | 18:00 |
Camping Torres – Mirador Las Torres | 1.4km | 1h | 18:00 |
Hotel Las Torres – Camping Serron | 13km | 4h | – |
Camping Serron – Camping Dickson | 18km | 6h | 15:00 |
Camping Dickson – Camping Perros | 12km | 4h30min | 17:00 |
Camping Los Perros – Camping Paso | 8km | 6h | 14:00 |
Camping Paso – Refugio Grey | 7km | 5h | 15:00 |
Refugio Grey – Paine Grande | 11km | 3h30min | 16:00 |
Acomodação
O parque conta com uma boa estrutura de acampamentos e refúgios. Atualmente é obrigatório fazer as reservas antecipadamente para pernoitar no parque. Para fazer o Circuito O é necessário acampar, pois só existe um refúgio no caminho, o Dickson. Nos trechos comuns também ao Circuito W, existem vários refúgios.
O parque oferece uma estrutura de acampamentos gratuitos (Italiano e Paso) e outros pagos. O Camping Torres, que era gratuito e mais próximo do Mirador Torres, foi desativado em 2017. As reservas dos acampamentos gratuitos devem ser feitas no site do CONAF. Nem sempre todos os campings gratuitos estão em funcionamento na temporada, portanto consulte os informativos antes de ir. As reservas nesses casos são nominais e só podem ser feitas para uma noite por acampamento.
Para os acampamentos pagos e refúgios, os visitantes deverão fazer as reservas nos sites das empresas Fantástico Sur (Serón, Los Cuernos, Chileno, Torres Central e Francés) e Vértice Patagonia (Paine Grande, Grey, Dickson e Los Perros).
OBS: Desde 2016, quando iniciaram as reservas obrigatórias, está mais difícil programar os roteiros de trekking. Devido a grande procura, as reservas se esgotam rapidamente. Procure reservar com bastante antecedência.
Qual é a melhor época para fazer o Circuito O?
Devido às condições extremas na região, o Circuito O só fica aberto durante uma parte do ano, normalmente de outubro a março. Mesmo durante o verão, as temperaturas podem ser bem baixas e raramente passam de 20 graus. Com as chuvas e de noite, a temperatura pode ficar abaixo de zero. Durante a nossa travessia, chegou a nevar um dia nas regiões mais altas e chegamos ao ponto mais alto da travessia, o Paso John Gardner com os dedos congelando mesmo com luvas.
Nossa experiência no Circuito O
Fizemos a travessia de 130km em 8 dias de uma caminhada intensa. Foram 16 km por dia em média e um ganho de altitude total de 4.500 metros. Essa caminhada é normalmente realizada por trilheiros mais experientes e dura de 8 a 10 dias.
Foi uma experiência incrível! O Parque Nacional oferece estrutura de acampamentos e abrigos, alguns com opção de alimentação. Optamos por acampar todas as noites e carregar toda a nossa comida (que desafio!). Procuramos sempre investir em equipamentos de qualidade, compactos e leves. Dessa forma, conseguimos iniciar a jornada carregando cerca de 14 kg nas costas, relativamente pouco para quem leva equipamentos de camping, roupas de frio e toda a comida da trilha. Vamos compartilhar aqui o roteiro dessa travessia.
Dia 1: Puerto Natales – Camping Torres
Dormimos em Puerto Natales e pegamos o ônibus das 7h30 até a entrada do parque. Da entrada, é preciso pegar outro ônibus até o início da trilha ou caminhar por uma estrada de 6km. Fomos andando e acabamos conseguindo uma carona depois de 2 km até o Camping Las Torres, ponto final da estrada.
Iniciamos o circuito com nossas mochilas carregadas com todo o equipamento e comida para os 8 dias, além de alguns poucos itens a mais que levamos para o resto do nosso mochilão na Patagônia. Logo no início, uma subida bem íngreme e já sentimos o esforço que seria essa aventura. Seguimos em um ritmo mais lento até nos adaptarmos ao peso e à caminhada. A trilha até o Hotel e Camping Torres, nosso destino nesse primeiro dia, é a mesma trilha que segue até a atração principal do parque, o Mirador Torres. O Campamento Torres é um dos poucos acampamentos gratuitos do parque (infelizmente ele foi inativado em anos seguintes e a opção mais próxima do mirante tornou-se o Camping Chileno). Montamos a barraca e subimos com as mochilas de ataque até a incrível Laguna Torres na base das montanhas que dão o nome ao parque.
Gasto do dia por pessoa: R$203 (ônibus ida e volta e entrada do Parque).
Dia 2: Camping Torres – Camping Serón
Acordamos às 3:30h da manhã para ver o sol nascendo e subimos novamente para o Mirador Torres, agora fazendo a trilha de 1h no escuro. Por volta das 5:30h, o céu já estava claro e o sol começou a bater nas torres. Tivemos muita sorte de pegar dois dias seguidos de céu limpo, muita gente não consegue nem mesmo ver as torres por causa das nuvens. O nascer do sol nas montanhas é um espetáculo que compensa o esforço.
Voltamos até o acampamento Torres, desmontamos tudo e seguimos o caminho de volta até o Hotel Torres e agora entramos no trecho exclusivo do Circuito O. Rapidamente percebemos a diferença na quantidade de pessoas fazendo a trilha, pois o circuito O é bem menos frequentado que o circuito W. Caminhamos praticamente sozinhos por todo o trecho, só cruzando com algumas pessoas fazendo essa trilha a cavalo. Fazia bastante calor e fomos perseguidos por mutucas nessa trilha (tentávamos correr para escapar delas, mas não dava muito certo rs).
A trilha até o Camping Serón é bem longa, mas segue sem muito desnível. A cada curva do trecho final, tínhamos esperança de avistar o acampamento. Foram intensos 24 km nesse dia, em cerca de 9 horas. O Serón não tem estrutura de refúgio e aqui vemos como tudo muda no Circuito O. Você não consegue fazer esse circuito se não conseguir abrir mão do conforto. Tem que estar disposto a acampar. Você até pode alugar o equipamento, mas tem que conferir antes como funciona para reservar, pois pode chegar lá na hora e não ter mais barraca disponível.
Gasto do dia por pessoa: R$44 (Camping Serón)
Dia 3: Camping Serón – Camping Dickson
Uma trilha de 19 km liga o camping Serón ao camping Dickson. O cenário começa a ficar cada vez mais bruto e muitas vezes caminhamos bastante tempo em silêncio absoluto. Poucas vezes, cruzamos com algumas pessoas caminhando no sentido contrário. Como tinha acabado de mudar as regras obrigando os caminhantes a fazerem um sentido único, provavelmente eles deixaram os desavisados seguirem no sentido inverso.
É próximo ao Lago Paine que o circuito faz uma curva e o vento também! O próprio mapa oficial do parque sinaliza os pontos de ventos fortes que na Patagônia facilmente te derrubam. Caminhamos até o Camping Dickson em meio a campos verdes repletos de flores do final da primavera e com os belos picos nevados do maciço paine de plano de fundo. Chegamos no camping com o tempo mais fechado, o que se tornou comum nos dias seguintes. O cansaço era tão grande, que ficamos horas deitados na barraca até recuperarmos um pouco da energia para preparar nossa comida. Ainda estava por vir o maior desafio desse trekking!
Gasto do dia por pessoa: R$33 (Camping Dickson)
Dia 4: Camping Dickson – Camping Paso
Fizemos uma pequena (grande) loucura juntando duas etapas, incluindo o trecho mais desafiador da travessia. Devido a necessidade de reservar os acampamentos previamente, demos preferência a reservar todos os campings gratuitos e acabamos pulando o Camping Los Perros por indisponibilidade.
Saímos do camping Dickson bem cedo para encarar os 20 km de trilha pela frente. Nesse dia passamos pelos cenários mais incríveis do Circuito O, iniciando pelo Mirador Valle de los Perros seguindo por uma trilha em meio a uma floresta de pinheiros. Não encontramos ninguém por um bom tempo nesse trajeto.
O Glaciar Los Perros é outro ponto belíssimo até chegar ao Camping Los Perros. Paramos bem rápido no camping para preparar nosso almoço e seguimos para o temido Paso John Gardner, o ponto mais alto de todas as trilhas do parque com aproximadamente 1.200m. Desde o Glaciar Los Perros, são 1000 metros de desnível. Normalmente os trilheiros saem bem cedo no dia para enfrentar essa subida, mas nós já tínhamos caminhado 11 km desde o Dickson. Passamos pelo checkpoint bem próximo do horário limite de fechamento da trilha e o guarda parque informou que provavelmente seríamos os últimos a passar naquele dia. Não é nada bom caminhar com essa informação justo na trilha mais difícil e saber que se tivéssemos algum problema, ninguém iria passar depois.
Logo no início da subida do passe de montanha, pegamos ventos tão fortes que tínhamos que abaixar várias vezes para não cair! Também choveu durante toda a subida, o que dificultou um pouco a caminhada. Fazia bastante frio e acabamos não parando para colocar uma roupa de frio por baixo da capa de chuva. Chegar finalmente no topo do Paso e avistar o magnífico Glaciar Grey é muito emocionante! Não conseguimos parar muito, pois os dedos estavam congelando mesmo com luvas. Comemos uma barrinha de proteína congelada antes de começar a descer.
A descida é bem íngreme e aos poucos a temperatura foi aumentando. O caminho segue com uma vista incrível para o Glaciar Grey. Chegamos ao Camping Paso (gratuito) após 10 horas de trilha e quase 20 km caminhados.
Gasto do dia: R$0
Dia 5: Camping Paso – Camping Grey
A caminhada do dia seria mais leve. São 10 km de trilha do Camping Paso até o Camping Grey. Durante quase todo o caminho, podemos ver o Glaciar e o Lago Grey. A trilha é bem exposta ao vento e de novo tivemos que nos abaixar na direção da encosta para não sermos empurrados pelo vento. Nesse trecho existem duas pontes suspensas com 60 metros de altura que balançam demais e nos causaram uma certa vertigem.
Chegando ao Camping Grey já notamos a trilha bem mais cheia do que nos últimos dias e agora seguiríamos pelos trechos do Circuito W. Durante a noite, ficamos horas jogando conversa fora na cozinha do camping com alguns argentinos. Pessoas muy buena onda, como falam por lá.
Gasto do dia por pessoa: R$33.
Dia 6: Camping Grey – Camping Paine Grande
De manhã fomos até uma espécie de praia bem pitoresca que se forma no lago Grey, bem perto do camping. Vários icebergs que se desprendem do Glaciar Grey ficam acumulados por lá, vale a pena a visita.
A trilha até o Camping Paine Grande tem 11 km. Paine Grande, como o nome já diz, é um acampamento bem grande, provavelmente o maior. Fica nas margens do Lago Pehoé e é um dos pontos de entrada ou saída do Circuito W, por isso é bem movimentado.
Esse dia entrou para a história do acampamento, pois apareceram três pumas por lá. Já é difícil ver um, imagina três juntos. Eles ficaram por muito tempo no alto do morro que circunda o camping. Dezenas de pessoas pararam tudo pra ver essa cena, alguns começaram a mover suas barracas com medo e a maioria se refugiou no refeitório. Foi memorável!
Nesse dia conseguimos pegar alguns itens de comida de graça nas caixas de doação. É bem comum ver essas caixas durante o Circuito W, pois muita gente termina a trilha e deixa esses itens que não foram usados para trás.
Gasto do dia por pessoa: R$33 (camping Paine Grande).
Dia 7: Camping Paine Grande – Camping Italiano
O sétimo e penúltimo dia foi bem difícil pra gente. Choveu muito durante quase todo o dia e não podíamos ficar parados, pois já tínhamos reserva no próximo camping. Tínhamos que sair de Paine Grande e chegar até o Camping Italiano (gratuito). Nosso planejamento do dia era também subir até o Mirador Británico, mas com a chuva que caía era impossível.
Tivemos que desmontar a barraca e caminhar 7,5 km debaixo de muita chuva e vento. Chegamos com muito frio no acampamento, mesmo com casaco e capa impermeável. Mais uma vez ficamos horas dentro da barraca pra recuperar a energia. Nessa noite até fervemos água no fogareiro e colocamos nas bolsas térmicas que levamos para esquentar os nossos pés dentro do saco de dormir.
Ficamos sabendo que a ponte sobre o Valle del Francés caiu dois dias depois de passarmos e que demoraram vários dias para reparar. Isso teria impossibilitado o término da travessia, pois é praticamente impossível cruzar o rio.
Gasto do dia por pessoa: R$0
Dia 8: Camping Italiano – Puerto Natales
No último dia do circuito O, tivemos que caminhar muito a mais do que o planejado, por conta do atraso provocado pela chuva do dia anterior. Acordamos cedo, deixamos todas as coisas prontas no Camping Italiano e subimos com uma mochila de ataque pelo Valle del Francés até o Mirador Británico, uma trilha de 11 km (ida e volta). Como saímos cedo, caminhamos sozinhos por toda a subida íngreme de mais de 500 metros de altitude.
Voltamos e seguimos para terminar a caminhada até o Hotel Las Torres, por onde começamos. Nossa comida já estava racionada nos últimos dias e nosso almoço do dia foi um purê de batata liofilizado que colocamos água fria mesmo para preparar. Nos arrastamos até o final, superando todos os nossos limites. Não conseguíamos nem pensar direito quando chegamos ao Hotel. Foram intensos 30 km de caminhada no dia com grande ganho de altitude, o mais pesado.
Gasto do dia por pessoa: R$120 (ônibus, hostel em Puerto Natales e lanche).
Nossas impressões do Circuito O em Torres del Paine
Terminamos o circuito completo em Torres del Paine exaustos e com alguns quilos a menos, mas com uma sensação maravilhosa por ter completado uma das travessias mais bonitas do mundo. Vivenciamos sobretudo a natureza exuberante da Patagônia, onde as condições são extremas e você precisa estar preparado. As adversidades são sempre uma oportunidade para aprendermos e crescermos. Os perrengues têm cada vez menos importância, o importante aqui é apreciar a jornada. Ficamos extremamente contentes com esse desafio concluído!
Nosso tracklog
Veja o nosso tracklog com a travessia completa pra você fazer o download.
Veja aqui o nosso post sobre o que precisa saber antes de ir a Torres del Paine.
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[…] o Circuito O e foi uma aventura incrível! Veja aqui o post que fizemos com tudo o que você precisa saber sobre esse […]
Bom dia! Como vocês estão?
Parabéns pelo relato. Lindas fotos e cheio de detalhes do roteiro! Como estou planejando ir em dezembro de 2022, já estou colhendo informações.
Tenho uma dúvida (várias na verdade, haha). Estou com a intenção de fazer o circuito “O” com mais 2 amigos. Estava vendo um outro relato, que o “O” seria de uma dificuldade elevada e que os campings não são presentes em todas as paradas. Confere a informação? Pq nossa ideia era alugar a barraca (o resto dos itens essenciais está ok) e justamente acampar em locais que já é possível reservar (como tem no “W”). Ou seja, toda a noite, ter um local pago e reservado antecipadamente, para acampar (consegui ser claro? haha). Na experiência que tiveram, conseguiríamos fazer como descrevi ?
Agradeço desde já!
Oi Guilherme. Tudo certo e com você?
Sim, entendemos sua pergunta. O Circuito “O” tem dificuldade elevada sim, mas não é nada impossível.
Foi a nossa primeira trilha de longa distância e conseguimos concluir bem, apesar das dificuldades. Quando fomos, foi o primeiro ano que era obrigatório reservar os acampamentos e fizemos exatamente isso, reservamos um camping diferente para cada noite, planejando previamente quanto iríamos caminhar a cada dia. Os pontos de camping mudaram um pouco desde que fizemos esse trekking, mas mesmo assim ainda é possível (e na verdade obrigatório) parar em um camping organizado a cada noite. Na época conseguimos reservar os 3 acampamentos gratuitos, mas atualmente eles não estão funcionando. Mesmo assim a maioria dos acampamentos não são muito caros e você consegue alugar a barraca no momento da reserva.
Estamos planejando voltar para a Patagônia no início de 2022. Esperamos fazer de novo o circuito O e dessa vez registrar tudo no youtube.
Grande abraço e boas aventuras, Lico e Lari
Olá, casal!!
O relato de vocês é maravilhoso para os próximos aventureiros rs … sabem me dizer se em Outubro é possível fazer o O de maneira autoguiada ?
Oi Carolyne! Fizemos por conta própria no início de dezembro. Acreditamos que em outubro as trilhas do circuito O ainda podem estar fechadas. Tem que conferir no site oficial. No verão é sempre a época ideal. Abraço, Lico e Lari
Sensacional!!!! Adorei todas as dicas e a aventura de vcs!!! Um forte abraço e boas novas aventuras!!!!
Muito obrigada pela mensagem, Camilla! Estamos no Youtube também como Lico e Lari. Um beijo!
Olá. Parabéns pelo relato. Ajudou muito.
Tenho uma dúvida grande pois provavelmente estou indo fazer o O fev de 2024.
A comida vocês compraram aonde?
Puerto Natales? Levaram do Brasil? Liofizada? Qual marca?
Será que vocês podem detalhar isso? Por favor. Para mim é muito importante.
Estou pensando em levar umas 8 refeições liofizadas do Brasil e em Punta Arenas comprar o resto. Talvez bolachas, macarrão e alguns enlatados.
O café é aqui da terra, pois moro na Serra do Caparaó.
Obrigado por tudo.
Oi André. Desculpe a demora pra responder.
Levamos toda a comida liofilizada do Brasil, na época foi tudo da Liofoods que tem até porções pra duas pessoas.
Recomendamos pelo menos uma refeição dessas por dia, mais outros itens pra lanche ou um almoço rápido na trilha.
Temos um post aqui no blog só sobre comida para trilhas e camping.
Abraço, Lico e Lari