“O Jalapão é bruto”. Essa frase estampa algumas plaquinhas encontradas no Parque Estadual do Jalapão – interior do Tocantins – e define bem o local: bruto, rústico, difícil. A estrada de terra te deixa com saudade do asfalto depois de algumas horas chacoalhando dentro do carro. Mas é esse o encanto do lugar – se o acesso fosse fácil, perderia a sua identidade.
Localizado a cerca de 300km de Palmas, o Parque Estadual do Jalapão encontra-se no extremo leste do Estado, quase na divisa com Bahia, Maranhão e Piauí. Os principais municípios que servem de base para se conhecer o parque são Ponte Alta do Tocantins, Mateiros e São Félix do Tocantins.
Quando ir ao Jalapão
O Jalapão pode ser visitado o ano inteiro. Faz calor todos os meses, mas a época da seca – de maio a setembro – é considerada ideal por preservar a beleza dos atrativos. Porém, nessa época os preços sobem e tudo fica mais cheio, principalmente em julho. Além disso, o calor é mais intenso, a umidade relativa do ar mais baixa e há muita poeira.
A épocas de chuvas vai de outubro e abril. Nesse período, os fervedouros – principais atrações do parque – podem apresentar a água um pouco turva, além das estradas ficarem piores devido a formação de lama. A proliferação de mosquitos também é maior. Fomos no final de abril, final da estação de chuvas e pegamos dias lindos; o tempo ficava nublado no final do dia, mas sem chuva.
Como conhecer o Jalapão
Você pode ir por conta própria ou por agência com tudo fechado. Veja aqui o post bem detalhado sobre as duas formas de conhecer o Jalapão.
Quanto tempo ficar no Jalapão
Algumas agências oferecem roteiros a partir de 3 dias, mas o ideal seria no mínimo 4 dias. Gostaríamos de ter ficado mais e conhecido a Lagoa do Japonês e mais alguns fervedouros, mas infelizmente era o tempo que tínhamos. Quem puder estender a viagem não vai se arrepender!
Quanto gastamos
- Passagem Rio-Palmas: para abril/2018 era possível encontrar ida e volta por cerca de R$ 500. Conseguimos a ida por milhas e compramos só a volta.
- Estadia em Palmas: R$120 a diária para 2 pessoas. Foram 2 diárias, uma ao chegar e outra antes de voltar para o Rio de Janeiro.
- Agência local: R$ 1.900 por pessoa para 4 dias, incluindo café da manhã, almoço, jantar, lanches, hospedagem e todas as entradas. Os valores cobrados pelas agências variam, quando pesquisamos recebemos algumas cotações de até R$2500 para os mesmos 4 dias. Pesquise bastante e procure saber se são agências idôneas (procure avaliações). Em feriados prolongados o valor é sempre maior. Não incluso: trilha da serra do espírito santo (R$100 em abril, valor já estava aumentando para R$ 150), rafting, rapel e outras atividades.
Total por pessoa: R$ 2.600,00
Informações importantes
- Leve dinheiro em espécie, não há caixas eletrônicos na região e ninguém aceita cartão de crédito.
- Leve filtro solar e repelente, mas atente para os fervedouros: para preservá-los é proibido o uso de produtos na pele antes do mergulho.
- Leve muita água e comidinhas durante a viagem, você pode levar muito tempo até avistar um local para comprar algo.
- Esqueça sinal de celular, 4g e wi-fi durante a maior parte do tempo. Somente ao chegar nas pousadas será possível algum tipo de comunicação. Aproveite para desconectar e curtir a natureza desse lugar único!
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*Post por Karina e Renan
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