Tem algo de mágico em uma ilha a 1.000 km do continente. Passamos 10 dias explorando boa parte da Ilha da Madeira, região autónoma de Portugal. Apesar do desenvolvimento e da acessibilidade da ilha, a palavra isolamento se aplica bem aqui.
Mas a ilha de origem vulcânica reserva algumas das paisagens mais surreais da Europa. Praias de pedras, montanhas coloridas, cachoeiras, florestas tropicais e falésias à beira-mar são alguns dos cenários que encontramos na ilha. A simpatia dos moradores locais também chamou a nossa atenção.
Após os primeiros sinais da ilha pela janela do avião, nos preparamos para o pouso no aeroporto que já foi considerado um dos mais perigosos do mundo. Mas há muitos anos a pista foi ampliada e já não oferece tanto perigo. Mesmo assim, os ventos fortes podem causar problemas para chegar à ilha e algumas vezes não é possível pousar. Demos sorte, nosso voo pousou sem problemas.
Hoje a Madeira é muito conhecida por ser a terra natal do jogador de futebol Cristiano Ronaldo e o turismo teve um grande salto pela fama do jogador. O relevo da ilha é muito acidentado e vimos isso de perto logo na primeira estrada que pegamos para sair do aeroporto. São poucas praias e a maior parte da costa é formada por falésias. O Cabo Girão, em Funchal, é dos melhores exemplos, pois é um dos promontórios mais altos do mundo, com 580 metros.
Passamos os primeiros dias em Funchal, capital da ilha. Além de falar nossa língua nativa, não pudemos deixar de notar a grande semelhança com o Brasil. As calçadas de pedras portuguesas e os táxis amarelos praticamente nos transportaram para o Rio de Janeiro, nossa terra natal.
A diferença é que as praias por aqui são de pedra e areia preta. Passamos uma tarde inteira na Praia Formosa, que é uma ótima opção perto do centro de Funchal. A água estava com uma temperatura ótima e foi revigorante dar um mergulho depois de tanto tempo viajando. É curioso reparar que os moradores já vêm com os itens certos para essas praias, sempre com chinelo e esteira para deitar.
Mas nosso objetivo não era ficar em Funchal por muito tempo. Passamos os dias seguintes explorando algumas trilhas da ilha e acampando alguns dos cenários mais bonitos da Madeira. Veja nos próximos posts como foi essa aventura.
Dicas para conhecer a Ilha da Madeira
Como chegar na Ilha da Madeira
O Aeroporto de Funchal (Cristiano Ronaldo) recebe voos diretos de vários pontos da Europa. Para quem vem de Portugal, Porto e Lisboa são os bons pontos de acesso. O voo dura cerca de 2 horas. O aeroporto recebe inclusive voos de companhias low cost como a Easyjet. Conseguimos uma passagem de ida e volta por apenas 50 euros por pessoa saindo de Porto (cerca de r$220).
Como se locomover pela ilha
A Ilha da Madeira é relativamente grande e a forma mais cômoda de conhecê-la é alugar um carro. Várias empresas operam na região, mas o custo do aluguel não é muito barato. Nós preferimos não gastar com aluguel e usamos o transporte público e também pedimos carona.
Existem várias linhas de ônibus que circulam pela ilha. A tarifa varia conforme a origem e destino. Para ir de Funchal a Santana, por exemplo, a tarifa fica em 4,70 por pessoa. Veja abaixo o mapa com as linhas de ônibus.
Pedir carona – ou boleia – é uma prática comum na Ilha. Tanto moradores quanto turistas são solidários e normalmente não esperamos muito tempo pra conseguir uma carona. Tudo depende muito do lugar onde você está e também da hora certa. É muito difícil sair de Funchal de carona, por exemplo. O ideal é se afastar do centro e seguir para as principais saídas. Voltar dos pontos turísticos normalmente é bem fácil. Pegamos seis caronas na Madeira, tanto com turistas quanto com moradores. Todos foram muito receptivos e mantemos contato com alguns até hoje.
Se você quiser contato de transfer ou motorista, conhecemos por acaso um morador super simpático que trabalha com isso e podemos indicar seu serviço. Antonio Bonfim: telefone (+351) 966 969 501 / email toni_bonfim@hotmail.com
Hospedagem na Ilha da Madeira
A ilha tem hospedagem para todos os gostos. Em Funchal, nos hospedamos em um hostel e a diária custou 20 euros para o casal. Nos outros dias, ficamos em vários acampamentos gratuitos como no Pico Ruivo e na Casa do Sardinha. Também passamos uma noite no Camping de Porto Muniz, o único pago, mas que conta com excelente estrutura e baixo custo.
Leia mais sobre a Ilha da Madeira
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- Trilha do Pico Ruivo
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