A Levada do Caldeirão Verde é uma das caminhadas mais conhecidas na Ilha da Madeira. A paisagem verde com samambaias e cascatas no meio da trilha é um dos cartões postais da Madeira. Um cenário exótico nessa ilha no meio do Oceano Atlântico.

Durante nossa estadia em Funchal, fizemos a trilha de um dia até o Caldeirão Verde e Caldeirão do Inferno, no Parque Florestal das Queimadas. Pegamos o ônibus 56 até Santana e nos surpeendemos com a quantidade de turistas em um ônibus urbano. Parecia um ônibus turístico. Depois de 2 horas de muitas curvas, subidas e descidas, descemos no ponto final em Santana. Mas o início da trilha ainda era bem distante, quase 1 hora andando. Decidimos tentar uma carona na estrada de acesso e conseguimos em pouco tempo com um casal de franceses que também estava seguindo apra a trilha. Essa seria a primeira de muitas caronas que pegamos na ilha.

As trilhas na Madeira são nomeadas de Vereda, quando é uma trilha normal, ou Levada, quando a trilha acompanha um canal de água. Esse sistema de abastecimento é muito comum na Madeira e você encontra dezenas de trilhas desse tipo.

A Levada do Caldeirão Verde é bem movimentada. O curioso é que era mais fácil ouvir uma saudação em francês ou inglês em resposta ao nosso “bom dia”. Muitas vezes caminhamos por uma trilha bem estreita na beira do precipício. Sempre que algum caminhante vinha na direção oposta, alguém tinha que parar para deixar o outro passar. Em alguns momentos, a vegetação intensa nas paredes de rocha da trilha forma uma pequena cachoeira. E fizemos essa triha durante a época seca na ilha. 

A trilha segue por vários túneis, alguns tão longos que precisamos de lanterna. Preste bastante atenção, pois o teto às vezes é baixo. Charlico bateu a cabeça tão forte que sangrou e fez um calo. E ainda teve sorte que o boné amorteceu a pancada. Ande com uma mão para cima para ter noção da altura.

A cachoeira do Caldeirão Verde estava com pouca água, mas mesmo assim sua beleza e a tom de azul da água impressiona. A cascata cai pelo fundo de um cânion que fica iluminado durante poucas horas do dia. Pena que a água era congelante e não animamos para um mergulho. Continuamos pela trilha até o Caldeirão do Inferno com muitas subidas e túneis no caminho. Dessa vez não encontramos nenhuma queda d’água, pois a cachoeira estava totalmente seca.

Voltamos pelo mesmo caminho e pedimos carona até Funchal. Conseguimos em pouco tempo com mais um casal de franceses que por coincidência nos deixaram exatamente onde pretendíamos ir: o Pingo Doce no shopping em Funchal. O mercado tem um ótimo almoço a quilo (anote essa dica para refeições baratas). Já nos primeiros dias descobrimos como é possível fazer uma viagem barata na Ilha da Madeira.

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Com uma mochila nas costas, compartilhamos as belezas e os perrengues do caminho. Juntos desde 2004, descobrimos a paixão pelo mundo outdoor e percorremos grandes circuitos de trekking em diferentes continentes, muitas vezes acampando em lugares remotos e inspiradores. Algumas das maiores aventuras dos últimos anos foram nas trilhas da Patagônia, dos Balcãs ou na Turquia, onde caminhamos 430km em meio a ruínas, montanhas e praias paradisíacas ao longo da Via Lícia. Mostramos também que é possível viajar o mundo com pouco, mesmo em lugares considerados de luxo como Dubai, Paris e Nova York.

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